Sempre que um ano começa eu sinto com o mês de janeiro chegam as oportunidades em fazer o que deixei para trás nos últimos meses.
Sentir-se renovada para começar é ótimo, mas procrastinar sonhos anos atrás de anos, nem tanto.
Trabalho com intercâmbio desde o começo dessa década, ou seja, lá se vão quase 10 anos de experiência no segmento de Educação Internacional e eu tenho o maior orgulho disso.
Outra coisa que me orgulha é que eu tive a sorte de começar numa empresa muuuuito boa que foi uma grande escola para a minha formação.
Logo que comecei a trabalhar nessa empresa, participei de muitos eventos e conversei com muitas pessoas compartilhando a minha trajetória de 8 anos no exterior.
Impossível lembrar de todos, mas esses dias lembraram de mim.
Um jovem chamado Igor me parou e perguntou se eu tinha morado no Japão. Eu me assustei obviamente porque não o reconheci. Eu disse de forma desconfiada e bem lenta “Sim” e ele me respondeu que já tinha conversado comigo em uma das feiras que frequentou sobre intercâmbio.
Logo me animei! Achei o máximo e perguntei: “E você? Fez o intercâmbio? Como foi?.
O Igor me disse que ainda estava esperando o melhor momento.
Decepcionada por ter passado tanto tempo, abaixei o olhar e pausei a fala por alguns segundos. O resto você pode imaginar. Seguimos falando sobre morar fora e realizar esse sonho.
O papo aqui não é autoajuda – até porque não sou psicóloga, se bem que nessa profissão a gente é de tudo um pouco, pois nos tornamos amigos dos nossos clientes, o que questiono é encontrar tantas pessoas que procrastinam os seus sonhos, entre eles o intercâmbio.
Esses dias eu li algo muito interessante sobre procrastinar. Dizia que se pararmos para pensar o ser humano está sob constante espera.
Esperamos para nascer.
Esperamos crescer.
Esperamos sair da escola para trabalhar.
Esperamos ter um emprego dos sonhos depois de uma graduação.
Esperamos encontrar o amor da nossa vida.
Esperamos constituir uma família.
Esperamos, esperamos e esperamos.
As nossas ações se justificam pelo desejo de atingir um objetivo futuro, e por trás desses planos a espera se esconde. Nossa! E isso é terrível.
Desde muito jovem nós aprendemos a procrastinar as coisas. Quem aqui nunca deixou para resolver um problema depois? É aquela velha história de que se pode fazer amanhã, para que fazer hoje?
O problema de adiar essa experiência não é a idade porque intercâmbio não tem idade. Pode ser feito hoje ou daqui a 10 anos. Eu mesmo que continuo tendo muito o que aprender, quero fazer um intercâmbio de um mês no Canadá em 2019.
O problema é deixar de fazer algo, pensando em outras coisas que talvez não sejam tão importantes assim para a nossa vida.
A gente que atende muitas pessoas sempre escuta várias desculpas para não encarar o desafio… “Vou esperar a estabilização da economia do país”, “ser mandado embora do trabalho”, “esperar a irmã casar” e assim vai.
Não desconsidero que cada indivíduo tem uma necessidade particular, porém se o intercâmbio é um grande sonho, o problema é o ato de deixar de fazer algo, pensando em outras coisas que talvez não sejam tão importantes assim para a nossa vida.
E um dia acaba percebendo que o tempo passou e com ele a oportunidade de fazer intercâmbio, conviver com pessoas de outros lugares do mundo, sair da zona de conforto e tudo mais que a gente já sabe que o intercâmbio transforma nas nossas vidas.
O medo de não fazer as escolhas certas é o combustível perfeito para adiar o sonho do intercâmbio. Por esta razão, a equipe Beeducation Intercâmbio desenvolve um Travel Roadmap que é um mapeamento que contempla todas as necessidades dos nossos estudantes, identificando o seu perfil para cruzar com as possibilidades possíveis.
A verdade é que nunca estaremos 100% preparados, porque convenhamos que a teoria nunca é como a prática… E vale lembrar que encarar esse desconhecido num novo país é um saboroso desafio.
Eu espero que você realize os seus sonhos ao invés de adiá-los porque Viver é melhor sonhar.
Por Vivian Lac
A Vivi faz parte da equipe Beeducation. É apaixonada pelo seu trabalho, tem vivência internacional como profissional e intercambista durante os quase 10 anos que morou no exterior. Profissional de educação internacional e intercâmbio desde 2010.