Você já passou por isso? Estudou, praticou, repetiu mil vezes na cabeça… mas na hora de abrir a boca e falar inglês, travou. A mente esvaziou, a garganta secou e, de repente, todas as palavras sumiram como se nunca tivessem existido.
Pode parecer que é só com você. Mas a verdade é que isso acontece com muita gente — inclusive com quem já tem um bom nível de inglês. E não, não é porque você não estudou o suficiente. Muitas vezes, o que está te travando não é o vocabulário… é o nervosismo.
O que o nervosismo faz com o nosso cérebro?
Vamos entender o que acontece no bastidor da sua mente: quando você se sente exposto — como numa apresentação, uma entrevista, uma viagem internacional ou até numa simples aula de conversação — seu corpo entende que está diante de uma situação ameaçadora. É automático.
A ansiedade ativa o famoso “modo de sobrevivência”. O coração acelera, os músculos tensionam, a respiração fica curtinha. Com menos ar entrando, menos oxigênio chega ao cérebro — principalmente à parte que gerencia linguagem e memória de curto prazo. E aí… já viu.
Você pode saber a palavra. Pode ter repetido aquela frase dezenas de vezes. Mas seu cérebro simplesmente não consegue acessar essa informação. É como procurar uma pasta no computador com a internet travando: tá lá, mas você não consegue abrir.
Você sabia que isso acontece em qualquer idioma?
Não é exclusivo do inglês. A mesma sensação de “branco” pode surgir ao tentar falar espanhol, francês, italiano ou qualquer outro idioma estrangeiro. O corpo não distingue o idioma — ele só percebe que você está fora da sua zona de conforto.
O nervosismo ao falar inglês é comum até entre profissionais experientes. CEOs, médicos, professores — gente que domina sua área, mas que, ao precisar se comunicar numa segunda língua, sente a voz falhar, a respiração pesar, o sotaque aparecer com força.
Então o que fazer?
A boa notícia é que dá pra treinar o corpo e a mente para lidar melhor com essas situações. Aqui vão algumas estratégias que podem te ajudar:
1. Treine a respiração antes de tudo
Respirar profundamente antes de falar ativa o sistema nervoso parassimpático, que ajuda a desacelerar o corpo e a mente. Puxe o ar pelo nariz, segure um pouquinho e solte devagar pela boca. Faça isso algumas vezes antes de entrar numa aula ou conversar com alguém.
2. Comece com frases que você domina
É como aquecer antes do treino. Use expressões que já estão na ponta da língua. Isso dá confiança pro cérebro “lembrar” que você sabe falar inglês.
3. Fale devagar, sem pressa
Muita gente quer mostrar fluência falando rápido — mas isso aumenta o nervosismo. Falar pausadamente ajuda o cérebro a organizar melhor o que você quer dizer, além de dar tempo pra respirar.
4. Use a seu favor o que parece “erro”
Esqueceu uma palavra? Tudo bem. Troque por outra. Use gestos. Explique de outro jeito. Isso é comunicação real. E, olha só: até nativos fazem isso o tempo todo!
5. Treine em ambientes seguros
Busque situações onde você pode errar sem julgamento. Uma aula particular, um intercâmbio com suporte acolhedor, ou até uma conversa com outros estudantes pode fazer toda a diferença.
Na Beeducation, a gente entende você
A gente sabe que aprender inglês não é só decorar regras ou assistir vídeos no YouTube. É um processo emocional. Exige coragem. Vulnerabilidade. E, acima de tudo, um ambiente que acolha quem está aprendendo — e não cobre perfeição.
Por isso, quando recebemos alguém com medo de falar, a gente não começa corrigindo. A gente começa escutando. Porque a primeira chave pra desbloquear o inglês não é a gramática. É a confiança.
Um recado pra você que sente nervosismo ao falar inglês:
Você não está sozinho. Você não está atrasado. Você não está “ruim em inglês”. Você só precisa de um pouco mais de oxigênio, de paciência com você mesmo(a), e de um espaço onde errar seja permitido.
E é isso que a gente constrói todos os dias na Beeducation.
Então respira fundo… e fala. Com seu sotaque… que é lindo! Mesmo com medo. Porque a fluência não vem de acertar tudo — ela vem de continuar tentando.
