ESTUDAR EM CAPE TOWN

Contradizendo todos as estatísticas, a África do Sul é um país seguro para viajar, inclusive para mulheres, pois os crimes contra turistas são raros e, na maioria das vezes, limitam-se a furtos. Na prática, viajar pelo país é bem mais tranquilo do que viajar pelo Brasil.

É preciso saber um pouco de história para entender isso…

A política racista do apartheid, pretendia impedir todo o relacionamento entre os indivíduos de “raças” diferentes e submeter a maioria da população a uma reduzida minoria caucasiana, ou seja, visava alcançar o desenvolvimento através da separação política, econômica, social e espacial de diferentes “raças”. Apenas as pessoas brancas podiam votar e o casamento e relações sexuais entre pessoas de diferentes raças eram proibidos. Isso é um absurdo para nós, mas esse regime vigorou até 1994.

Neste triste episódio, os negros e mulatos foram simplesmente arrancados dos centros urbanos e instalados em townships nas periferias das cidades. Townships não são exatamente favelas, mas sim conjuntos habitacionais planejados, com casinhas minúsculas.

Em pouco mais de 20 anos de democracia, a população não branca da África do Sul melhorou de vida e parte das townships se tornaram um pouco mais dignas. Ainda assim, há um profundo abismo social entre os ricos e os pobres.

A pobreza e a criminalidade está concentrada nas townships e também a educação precária, o desemprego e a falta de perspectiva. E lá é um lugar onde você não deve ir. No mais, é só ter cuidado e bom senso.

Cape Town foi o lar do prisioneiro político mais famoso do mundo – Nelson Mandela – que foi mantido na pequena Robben Island em Table Bay.

É inspirador ver como a cidade se transformou ao longo dos anos, principalmente no governo de Nelson Mandela, dando cada vez mais espaço à democracia. Soma-se a isso a diversidade da população local. Só para você ter uma ideia, há onze línguas oficiais por lá (onde, entre todas, o inglês acaba sendo o mais usado). A população na Cidade do Cabo é muito multicultural, onde convivem populações africâners (idioma falado na África do Sul e Namíbia, com influência direta do neerlandês, uma língua derivada a partir do grupo germânico indo-europeu e que se desenvolveu durante a colonização holandesa em alguns países africanos), europeias, de muçulmanos, judeus, refugiados, entre muitos outros.

E a aceitação às diversidades vem crescendo nos últimos tempos por lá. Um grande exemplo disso é a legalização do casamento gay no país, que aconteceu em 2006.

Muitas pessoas desconhecem que a África do Sul tem três capitais: uma executiva, Pretória; uma legislativa, Cidade do Cabo; e uma judiciária, Bloemfontein. Joanesburgo é a cidade mais conhecida e com o maior núcleo urbano, porém não é a capital da África do Sul.

A língua falada na administração do país é o inglês, somado a mais dez diferentes línguas oficiais, que varia conforme a região.

Intercambistas matriculados em cursos com duração de até 12 semanas não necessitam aplicar para um visto prévio no Brasil.

O visto de estudos para a África do Sul é destinado às pessoas que desejam estudar no país por mais de 3 meses (12 semanas). A aplicação é realizada antes do embarque, ainda no Brasil.
Estudantes de idiomas, em geral, não podem trabalhar durante o curso de inglês. Para obter uma permissão de trabalho, é necessário estar matriculado em uma universidade no Brasil ou ter se formado há no máximo 1 ano e ter até 26 anos. A permissão será concedida no país.